quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

na net... terceiro ‘primeiro’ contato!!


Depois de encontrar Jéssica, Gabriel deu uma olhada em sua caixa de entrada e notou que havia várias mensagens trocadas entre eles, o que o fazia parecer mais estúpido ainda...
Afinal, haviam trocado mensagens por anos, conversado sobre os mais diversos assuntos, inclusive pessoais e delicados, como que ele não se lembrava dela? Como que ele nunca havia a encontrado pessoalmente antes?
Dúvidas pairavam sua cabeça, então ele fez a única coisa lógica naquele momento: mandou uma mensagem para ela...
Pensou muito antes de fazê-lo porque não conseguia decidir qual mensagem seria melhor ou mais apropriada para a ocasião, algo do tipo ‘te procurei e encontrei’ ou então ‘bem que você disse que já nos conhecíamos’ ou ainda ‘não acredito que já nos falamos tantas vezes e quando te vejo não percebo’. Não! Tudo parecia ruim, e realmente era, foi então que ele escreveu:
“Oi... Encontrei você.” Apertou ‘enviar’.
Aguardou com os olhos colados no computador ansioso, até meio bobo pela resposta, sem se dar conta de que era madrugada e que ela poderia simplesmente não checar a rede social agora.
Tudo bem que hoje em dia é tudo conectado, você anda com o celular que tem todos esses meios de bate papo, mas ela poderia sim, não checar.
E foi quase isso que aconteceu, quando Jéssica chegou em casa percebeu que tinha uma mensagem nova em sua caixa de entrada do Facebook. 
Ela só percebeu em casa porque quando saía com os amigos, Jéssica não gostava de ficar olhando para o celular, ela gostava de se fazer presente. Isso era uma coisa que todos gostavam a respeito dela.
Percebendo que a mensagem era de Gabriel pensou: “Esperei até agora, ele que espere mais um dia.” Tomou banho, tirou maquiagem, escovou os dentes, colocou pijama e dormiu.
Enquanto ele ainda aguardava em frente ao computador. 
E você achando que só garota era ansiosa... Jamais!
Vendo que já era bem tarde resolveu fazer o mesmo, com exceção da parte da maquiagem, óbvio! Dormiu!
Acordam quase que simultaneamente. Alcançam o celular, entram no bate papo fazendo com que seus status fiquem ‘online’.
Ela lê a mensagem dele. Sorri. E responde irônica:
“Nem foi tão difícil, não é mesmo?”
“Não!” Ele disse um tanto apreensivo, mas também com um sorriso de contentamento ao perceber que ela não havia o ignorado.
“E...” Ela o provoca.
“E que faz mais de 8 anos que nos conhecemos, aliás que conversamos pela internet sem nunca ter nos visto pessoalmente, pelo menos não oficialmente.” Desabafa.
“Pois é, mais de 8 anos mesmo!”
Jéssica sempre foi de enviar grandes frases, sempre foi de conversar bastante, no registro de conversa nota-se que ela sempre falou mais que Gabriel, mas não hoje, e ele percebe.
“E como nunca nos vimos? Por quê? Como deixamos...” Corrige. “Deixei isso acontecer?”
“Não posso responder por você.” Respira fundo e digita. “Sei que a gente se esbarrava desde a época do segundo grau, mas não tínhamos contato, por assim dizer.” Recorda. “Anos depois te encontrei em uma fila do banco e te achei interessante. Chegando em casa, busquei nas redes sociais – porque tinha certeza que tínhamos amigos em comum – te encontrei, adicionei e ainda te enviei um e-mail explicando o porquê e falando do meu interesse.” De repente, assim, ela falou tudo o que tinha entalado por tanto tempo, tudo o que tinha vontade, e se sentiu aliviada.
“Não me lembro desse e-mail...” Mentiu. Porque agora ele estava interessado nela e não queria trazer a tona o fato de que ele já a havia dispensado no passado, pois namorava. “Nem quero. Afinal nos encontramos de novo, ou pela primeira vez... rs.” Brincou.
“Mais correto dizer que foi a primeira vez.” Sorriu.
Foi assim que ele resolveu arriscar...

“Passou um tempo, demorou, mas nos encontramos novamente, eu queria te encontrar, dessa vez oficialmente, propriamente, não tem nada me impedindo, estou solteiro, livre, disponível e você? Está comprometida ou pode me encontrar hoje à noite?” Esperou...



Continua...

beijO beijO

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

e se expirar...



Será que é ingênuo pensar que depois de um tempo, depois de certa idade seu coração já não sente mais como sentia quando você tinha 15, 18 anos?
Aquela emoção de ver uma pessoa pela primeira vez e se encantar com ela, tanto, que seus olhos brilham...
Aquela emoção que se sente quando seus olhos se encontram pela primeira vez...
A primeira troca de palavras...
O primeiro encontro repleto de incertezas, medos, receios e emoções...
Aquela certeza de reciprocidade que faz seu coração disparar... Parar!
Aquele primeiro toque, primeiro beijo, primeira vez que andam de mãos dadas, que te faz perder a noção de tempo e espaço...
A primeira conversa sobre um possível relacionamento, sim à moda antiga, nada de vamos ver no que da...
A primeira vez que um diz para o outro o que sente...
O pedido de namoro...
Ou depois dos 30 não se pode mais tê-lo?
As primeiras coisas, as pequenas coisas, as coisas simples, estão proibidas agora?
Será que por não ser mais adolescente você perde o direito de sentir as mesmas emoções?
Você perde o direito de querer, de sonhar, de desejar, de escolher?
Será que agora você precisa aceitar o que vier e se sentir grata que veio?
Porque as pessoas sempre dizem que "quem muito escolhe acaba sozinho"...
Só porque passei dos 30, dos 40, dos 50 já não posso mais ter vontades, já não posso mais sentir?
Será que para amar tem que ter idade?

Será que o amor expira?



beijO beijO