quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

um sonho a dois...


Corremos tanto da Mabi que nem me lembrava mais o porquê dela querer tanto pegar de volta a carta que ela havia me dado de aniversário, afinal não tinha nada demais nela, somente um sonho muito doido em que ela havia detalhado sobre um colega de classe da turma de fotografia, cujo colega ela estava de olho desde o primeiro dia, fora isso, nada demais!
Só sei que entramos em uma espécie de condomínio onde havia umas cinco casas e estava acontecendo uma festa de vizinhança, pelo menos parecia...
 Eu corria na frente, Duda me seguindo – ela estava no meu time rá rá – e Mabi; Mabi só pensava em pegar de volta o pedaço de papel (o que estava escrito nele, eu conto em uma outra oportunidade)... Criancice de nossa parte, eu sei, mas confesso que nunca me diverti tanto.
Enquanto corria passava por aquele bando de gente desconhecida, conversando alto, se empurrando para pegar comida – havia uma mesa no meio das casas com diversos pratos de comida entre doces e salgados, naquele estilo que você sabe só de olhar que cada pessoa colaborou com alguma coisa – e de repente me deparo com um portão, e muita gente tentando sair por ele e por algum motivo alguém estava barrando a saída – mais tarde naquele dia descobri que havia uma celebridade naquela rua e por isso o alvoroço e a barração.
Por sorte (ou destino), quando consegui passar por todas aquelas pessoas percebi que a pessoa que estava bem na frente do portão era o Robbie – ai, Robbie, ele era meu amigo de infância desde os cinco anos de idade, meu vizinho da casa ao lado, mais velho que eu exatamente um mês, eu fazia aniversário dia 28 de maio e ele dia 28 de abril, ambos com 25 anos, tínhamos tanta afinidade, gostávamos das mesmas coisas, tanto que fazíamos faculdade de cinema juntos, ele tinha acabado de gravar um longa, com data de estreia para aquele mês... Acho que por ele ter 1,80 cm de altura, olhos tremendamente azuis que se destacavam diante de seus cabelos pretos, um sorriso com as covinhas mais perfeitas e um abdômen de dar inveja a qualquer um, o ajudaram muito a conseguir o papel de “gato do pedaço” e ser o principal do filme, além de seu talento, Robbie nasceu para atuar, sempre disse isso a ele, enquanto eu me interessava mais em operar câmeras e me inteirar de detalhes que ninguém mais perceberia para não haver erros na hora de assistir ao filme, odiava perceber que o cabelo do mocinho estava maior dois minutos depois na cena seguinte, ou que o microfone havia aparecido, ou então que havia chovido, todo mundo tinha se molhado, mas dois segundos depois todos estavam secos, ou pior, metade dos personagens estavam, eu realmente percebia e apreciava os detalhes!
Foi então que percebi que já estava diante de Robbie e ele estava abrindo o portão para que eu e Duda pudéssemos passar, apesar da multidão empurrando!
Já lá fora encontramos Nina – ela não quis se aventurar na corrida – e foi me lembrando de que a noite eu deveria ir a Apucarana para filmar uma peça de teatro em que ela era responsável e eu havia me comprometido a ajudá-la neste quesito. Nina era uma das minhas melhores amigas, além de Duda e Mabi, quando não estava com Robbie estava com elas, mas por algum motivo, bobo com certeza, nunca estávamos os cinco juntos.
Enquanto Nina tentava me alertar do compromisso, eu estava toda empolgada contando com riqueza de detalhes o que tinha acabado de acontecer e como o senhor Veiga tinha me tirado da "rua sem saída" – às vezes eu gostava de chamá-lo pelo sobrenome, mais quando era para irritar mesmo, Rá Rá!
Nisso, Nina torcia o nariz, nunca entendi o que ela tinha contra o Robbie, de repente o fato de eu sempre ter tido uma queda por ele e eu sempre ter sido somente “a” amiga para ele, para quem ele contava tudo e confiava em tudo e pior, confidenciava tudo, a irritava um pouco porque ela sempre quis o meu bem e minha felicidade, acho que ela tomava minhas dores, porém, não tenho certeza disso.
O que sei é que enquanto falava Robbie se aproximou sorrindo e me perguntando o que havia acontecido, quando eu ri mais e mudei de assunto, dando uma cutucada básica com meu cotovelo em seu abdômen e dizendo que realmente ele era um ótimo ator, porque havia visto a prévia do filme e ele parecia muito otário quando na vida real não era!
Ele riu e me abraçou, e perguntou como eu voltaria para casa dali, quando respondi que com Nina ele imediatamente disse que me levaria sem problemas, e se a Duda quisesse vir junto – sem problemas!
Decidimos então voltar com ele, afinal ele morava do lado da minha casa, não seria desvio de trajeto nenhum. Porém antes de chegarmos ao carro dele, notei que Robbie tinha um sorriso diferente naquele dia, sei lá, algo além do sorriso, não sei explicar, só sei que ele estava exalando felicidade, o que já me fez pensar que deveria ser alguma garota nova, o que seria normal e eu já estava acostumada com isso, já tinha me obrigado a acostumar com isso e deixar nossa boa e velha amizade ficar acima de tudo.
Porém quando ainda olhava Nina entrando no carro dela e guiava Duda ao carro de Robbie ele voltou – ele havia entrado no carro um tanto quanto depressa – e Duda disse "pega ali Lea", quando olhei Robbie trazia na boca o ingresso do seu filme que estrearia na próxima semana!
Confesso que fiquei meio sem ação, apesar de sermos amigos há muito tempo, ele estava com aquela cara “cheia de má intenção” e eu ainda sentia algo forte por ele além de a amizade e gestos como esse, embora ele sempre fosse brincalhão, meio que me tiravam de órbita, mas respirei fundo fui lá e peguei o ingresso, com a boca também, oras!!
Rimos muito do acontecido, enquanto entrávamos no carro, eu no banco da frente e Duda atrás, e Nina em seu próprio carro ainda tentando me dizer que eu deveria ligar para ela e combinar sobre o horário em que iríamos para Apucarana, mas Robbie virou o carro de um jeito em que não foi possível mais vê-la, de propósito claro, ele gargalhou depois disso.
Olhei para ele reprovando sua ação mas sem conter o riso e falei que foi muito feio o que ele fez, chamando-o de Robinson, (o nome é Robson) – eu sempre tive mania de dar apelidos de filmes americanos para as minhas amigas devido ao meu vício e muitos deles acabaram pegando, como o do Robbie – e como todos sabem a pessoa fica muito brava quando a gente a chama por outro nome, ele me corrigiu dizendo que não era esse o nome e eu só disse, gargalhando, que sabia!
Meu carro estava no conserto então mencionei meio que perguntando e torcendo para que a resposta fosse afirmativa se ele não estava pensando em ir até a outra cidade hoje a noite, assim não teria que arrumar outra forma para ir, mas ele disse que não!
Deixamos Duda na casa dela e logo estávamos nas nossas, disse tchau e fui começar a me arrumar já pensando no que resolveria para chegar ao local da peça, já que Nina me ligou dizendo que precisou ir direto de onde estávamos mais cedo, pois deveria pegar algumas partes do cenário que estavam faltando.
Quando estava quase pronta ouvi meu celular vibrar quando olhei era uma mensagem de Robbie dizendo: “Lea, estou pronto e ga-to Rá Rá, no carro te esperando”!
Terminei de me arrumar, peguei todo o equipamento das câmeras e fui até o carro, realmente ele estava ga-to!! Rá Rá
Fomos até o teatro em Apucarana, filmei a peça, Robbie me ajudou o tempo todo, ao final Nina nos agradeceu e voltamos para casa.
Como terminou cedo ele perguntou se eu não queria ver um filme, disse que sim se pudéssemos ver na minha casa, ele concordou. Fizemos o que sempre fazíamos: filme, pipoca, refri, sofá, almofadas, a diferença era que naquela noite, ele estava mais feliz do que de costume.
Foi então que levantei e comecei a ir em direção a cozinha dizendo a ele que queria saber o motivo dele estar sorrindo a toa, ainda de costas para Robbie, quando senti sua mão puxando a minha e me vi perto demais dele, mais do que de costume, a um palmo de distância de seu rosto e ele me disse que o motivo de sua felicidade era... 


beijO beijO

PS. Resolvi me aventurar em uma 'história curta' (após um sonho que tive) ao invés de as crônicas que costumo postar, me deem um feedback por favor!! Obrigada!! ;)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

michele moura!!


Começo avisando que provavelmente algumas muitas coisas irão soar gay, tipo, beeeem gay, maaaas já dizia sei lá quem: “amar é expressar-se sem temer interpretações”, dito isso...
O dia foi 13 de maio de 2000 (ok neste ponto as pessoas começarão a fazer as contas, bom... que seja, a gente era beeeem nova haha) quando a gente se viu pela primeira vez, um sábado de manhã (eu avisei né? G-A-Y) mas você só gostou da outra menina, só falava com a outra menina, ficou amiga mais rápido da outra menina (acho que to piorando né?) e sim eu já tinha ciúmes de amigos desde, bem, sempre!!
Porém a gente começou a conversar mais, conviver mais, e quando vi você já chamava minha mãe de tia e eu a sua, estávamos indo a shows e eu dormindo na sua casa (devo ressaltar que foi a primeira casa que mamãe deixou haha, acho que você passou certa confiança).
Viajamos juntas, (e que viagens!!) festamos juntas (carnaval Cambé aiai), ouvimos muita música juntas (KLB 3 anos haha), montamos coreografia juntas, tudo lindo e perfeito! Não, peraaa!!
Brigamos? Muito!! Discutimos? Muito!! Discordamos? Muito!! Ficamos dias de cara virada uma pra outra? Demais!! Por quê??
Porque se você é teimosa, eu sou mais, se você não gosta de ser contrariada eu gosto menos, se você acha que está sempre com a razão, eu acho em dobro, então.. Então fOdeu né? rá rá
NÃO!! Porque sempre falamos tudo na lata o que tínhamos vontade, por isso as horas de bico uma pra outra, haha, porque se tem uma coisa que concordamos é em discordar e como fazemos isso bem!!
E mesmo assim, passávamos quase todos os dias juntas a tarde e a noite tínhamos que ligar uma para a outra e revezar porque ficávamos mais de uma hora no telefone mesmo morando em diferentes cidades e as mãezinhas brigando (porque nessa época a gente não pagava a conta hehe)...
E o que eu quero com tudo isso? Já nem sei, você bem sabe que quando eu floreio muito o caminho eu esqueço o propósito, esqueço onde queria chegar no início... rá rá rá
Zueira (never ends), o que quero dizer é que, são quase 15 anos de amizade (em 3 meses) e são tipo, muitos aniversários juntas, ou não, porque você me deu os canos algumas vezes, ops!! Hehe
E apesar de brigas, discussões, gritos, estamos aqui firmes e fortes, e convenhamos amiga, se passou 15 anos e ainda “tamo junta” é porque já era!!
Eu posso ter descoberto que estava namorando pelo Facebook e ter ficado puta (agora que mencionei acho que não esqueci ainda haha, só para constar), ou então posso esconder que to pensando naquele piá novinho, porque sei que vai fazer cara feia, mas no final eu sei que é para você que posso ligar de madrugada porque estou tendo ‘problemas familiares’, eu sei que posso contar com você para me levar ali no aeroporto às 3 da manhã porque decidi que vou fazer um tour nos States...
Eu sei que você vai comprar o meu sonho e vamos encontrar pessoas para rachar a gasolina e irmos ver KLB em Maringá ou Roupa Nova!! :D
Podemos não saber todos os segredos uma da outra, talvez saibamos... Posso brigar (sempre) porque diz que não pode ir em casa e agora quer que eu volte porque quer ir...
Mas sempre seremos aquela que uma pensa e a outra liga, ou então encontra na rua (o que é bizarro) aquela que aparece na festa surpresa \o/, aquela que pode ligar de madrugada (mesmo sabendo que eu odeio acordar cedo – ou seja pode ligar até umas 5 quando ainda é de noite, quando começar amanhecer, não!! você BEM sabe)... Aquela em que se não tivermos alguém para confeccionar uma fantasia para a metamorfose não tem problema, uma traça o molde e a outra costura na máquina!!
E mesmo que implique com minha altura (e eu fico puta você BEM sabe) apesar de que agora eu já nem ligo e acho lindo eu ser desse tamanho, rum!! Hahaha
Você sabe que pode contar comigo e eu sei que essa é uma via de mão dupla!!
E onde eu queria chegar com tudo isso?
Não sei! Já falei que sou ruim nisso, não falei?? Hahaha
Amiga, eu quero agradecer, agradecer por me aturar, por ser minha amiga, por me deixar fazer parte da sua família, por me deixar chamar suas tias de tia, por dividir o irmão, pelas aventuras, pelas risadas que demos juntas de coisas ou de nós, pelas alegrias compartilhadas, pelas tristezas e lágrimas choradas, por mais de uma década de cumplicidade!!
E por que comecei isso tudo mesmo?? Para te desejar um excelente aniversário, que seu dia seja o mais lindo – possível, uma vez que não estou aí para completá-lo haha (gay de novo) – e para pedir a Deus que ele te abençoe com muita saúde e uma vida pra lá de longa!!
Ah e claro, todas, TO-DAS aquelas coisas que se desejam em aniversários e em finais de ano, que não podem faltar nos meus desejos para você, ou seria meus desejos a você, ou então, meus desejos à você!!
Sei lá, o que aprendi com o inglês é que o importante é se comunicar e você entendeu o que eu quis dizer.... hehe
Enfim, amiga, obrigada por tudo, desculpa qualquer coisa, aaah desculpa nada, se eu fiz é porque estava afim e só coloquei aqui porque achei que ficaria bonitinho no texto “desculpa qualquer coisa, blablabla” haha!!
Amo-te!! E como já foram 15 anos, estatísticas mostram que já era, agora estamos ligadas forever!! #AindaBem
Feliz Aniversário Cactus!! (Vou te emprestar meu apelido, só por hoje, porque você sabe, BEM sabe que chamar de Flor é muuuito falso!! Haha)
Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vendeeeeeeer!!
Tá, parei já virou um livro isso!! =P

PS. e chega de turistas na sua vida!! \o/



beijO beijO