sexta-feira, 12 de novembro de 2010

doce desejo


Ele olhou diretamente nos meus olhos...

Sorriu...

O começo de um riso  mais  que perfeito, o lado direito de seu lábio segue para o canto... Ah! É de perder o ar somente com o início, seguido por um belo e enorme sorriso que só ele tem...
Um sorriso capaz de iluminar todo o ambiente em que estivermos...

Ele então colocou sua mão sobre minha face direita, com o polegar próximo aos meus lábios, e acariciava meu rosto de uma forma que me fazia querer não sair daquele momento jamais...
Olhava-me tão profundamente que parecia enxergar minha alma, ah, e o sorriso?!
Meu Deus que sorriso!!

Minha mente rodou em segundos, pensando em tantas vezes que sonhei com aquele momento, o quanto esperava que aquela pessoa estivesse tão próxima quanto estava agora, quantas noites passei em claro refletindo os porquês da minha vida...

Por que alguma amiga SEMPRE namorava e eu não? Por que o romance daquele amigo que parecia impossível DEU CERTO? Por que minha vida era tão AUTOMÁTICA, casa/faculdade, faculdade/casa? Por que nada DE NOVO acontecia? Por que eu era A ÚLTIMA a ser notada? Por quê? Por quê?

De repente me dei conta que naquele momento os pensamentos não seriam importantes, pois tudo aquilo que havia sonhado, estava acontecendo, eu estava a um palmo de distância do garoto mais lindo do mundo - pelo menos do meu mundo, e isso, para mim, já era suficiente - prestes a ser...

Foi então que ele se aproximou, neste momento segurava meu rosto com as duas mãos, pude sentir sua respiração, e assim seus lábios encontraram os meus suavemente...

Sim! Foi o beijo mais longo, mais carinhoso e mais perfeito que eu já ganhei na vida! Eu nunca havia sido beijada daquela forma, aliás, percebi que eu NUNCA havia sido beijada, pelo menos não verdadeiramente e em meio a uma explosão de sentimentos.

Sim! Foi perfeito! O beijo, "o" garoto! Tudo o que sonhara estava acontecendo... Como era grande a felicidade que sentia, não cabia dentro de mim, parecia que meu peito estouraria a qualquer momento... Era uma satisfação, única, inédita, que nunca, nem em meu devaneio mais perfeito, conseguira sentir.

Após seus lábios se afastarem delicadamente dos meus, percebi que sorria...
Assim... Soube que não senti tudo sozinha, houveram sentimentos compartilhados que dividiram um momento mágico.
Meu sorriso se expandia.

Suas mãos desceram até as minhas e na medida em que ele se afastava tudo ficava embaçado, sua imagem perfeita começou a desfigurar, já não o sentia como antes, minhas mãos buscavam as dele, sentindo já, certo desespero, de repente não mais que de repente, não sentia seu corpo, não ouvia sua respiração, toda aquela cena se transformava em fumaça...

Acordei...

Saindo de um mundo onde tudo é possível, voltando para minha realidade, triste realidade,  me dando conta que estava em minha cama e que tudo não havia passado de um sonho, um lindo e mágico sonho!

Um sonho dentro de outro sonho.



texto by me!!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

amigos

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.


A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outro s afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. 


E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...


A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.


Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.


Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.


Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.


Se todos eles morrerem, eu desabo!


Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.

E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.


Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.


Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...


Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!


A gente não faz amigos, reconhece-os.


Usei a crônica de Vinicius de Moraes para expressar o quanto amo ter amigos e a importância que cada um tem para mim!!! Velhos, novos, ausentes e presentes...

Claro que não tenho foto de todos, nem dava para colocar todas as que eu queria.. hahaha

beijO beijO

=)